Um grupo internacional de astrónomos acaba de desvendar a existência de uma população de sete galáxias primitivas até agora desconhecidas e que se terão formado há mais de 13 mil milhões de anos.
Um grupo internacional de astrónomos acaba de desvendar a existência de uma população de sete galáxias primitivas até agora desconhecidas e que se terão formado há mais de 13 mil milhões de anos, quando o Universo tinha menos de 4% da sua idade atual. A descoberta foi feita com o auxílio do telescópio espacial Hubble da NASA.
Em comunicado, a agência espacial norte-americana explica que o conhecimento destas galáxias deriva de uma investigação “ambiciosa”, que, durante seis semanas de Agosto e Setembro, observou uma parte do céu denominada “Ultra Deep Field” (UDF), o chamado “Campo Ultra Profundo”, em tradução livre.
Através das observações efetuadas, os astrónomos concluíram que as galáxias se formaram de forma contínua ao longo do tempo e que terão fornecido ao Universo radiação suficiente para este se “reaquecer” alguns milhões de anos após o Big Bang.
Um dos principais objetivos da missão era determinar o quão rapidamente o número de galáxias cresce ao longo do tempo no Universo “precoce” e com que rapidez estas constroem as suas estrelas constituintes..
Segundo Brant Robertson, um dos investigadores envolvidos da Universidade do Arizona, nos EUA, os elementos recolhidos comprovam que “as galáxias construíram as suas estrelas e elementos químicos gradualmente”. Ou seja, “não houve um único momento em que as galáxias se formaram sem aviso. Foi um processo gradual”, explica.
As galáxias recém-descobertas devem ter-se formado 350 a 600 milhões de anos após o Big Bang, mas só agora a sua luz chegou à Terra. O achado foi, entretanto, aceite para publicação na revista científica The Astrophysical Journal Letters.