A NASA anunciou, esta quinta-feira, a existência de 11 sistemas planetários até agora desconhecidos que acolhem, pelo menos, 26 planetas detetados pela missão Kepler.
A NASA anunciou, esta quinta-feira, a existência de 11 sistemas planetários até agora desconhecidos que acolhem, pelo menos, 26 planetas. A descoberta foi feita pela missão Kepler e, segundo a agência espacial norte-americana, vai ajudar os astrónomos a compreender melhor a formação planetária.
Os planetas em questão orbitam perto das suas estrelas e têm dimensões muito distintas: alguns têm 1,5 vezes o tamanho da Terra e outros chegam a ser maiores do que o “gigante” Júpiter do nosso sistema solar.
De acordo com os especialistas, 15 dos planetas detetados têm tamanhos que variam entre o da Terra e o de Neptuno, mas ainda não foi possível perceber quais são rochosos e quais possuem atmosferas gasosas, o que exigirá estudos mais aprofundados.
Os períodos de órbita dos planetas em redor da sua estrela também são muito variáveis – uns são muitíssimo curtos, durando apenas seis dias, outros chegam aos 143 dias. Além disso, todos os planetas se encontram mais próximos da estrela do que Vénus está do nosso sol.
“Antes da missão Kepler conhecíamos cerca de 500 exoplanetas em todo o Universo”, afirma Doug Hudgins, um dos cientistas da NASA envolvidos na missão, em comunicado divulgado pela agência espacial norte-americana.
“Agora, em apenas dois anos e olhando para uma parte do universo pouco maior do que o nosso punho, já descobrimos mais de 60 planetas e mais de 2.300 possíveis planetas. Isto mostra-nos que a nossa galáxia está completamente recheada de planetas de todos os tamanhos e órbitas”, acrescentou.
O maior número de planetas foi encontrado em torno da Kepler-33, uma estrela mais velha e massiva do que o Sol. O seu sistema planetário alberga cinco planetas, com dimensões que variam entre 1,5 a 5 vezes a da Terra, sendo que todos eles se encontram mais perto da estrela do que qualquer planeta do nosso sistema solar.
Para identificar candidatos a planetas, a missão Kepler mede, repetidamente, as mudanças no brilho de mais de 150 mil estrelas com o objetivo de detetar quando um planeta passa à frente destas, o que causa sombra, permitindo reconhecer a sua existência.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]