Com uma boa higiene oral e consultas regulares com o médico dentista, os dentes podem durar toda a vida e as gengivas podem manter-se saudáveis. Contudo, e apesar de todos os cuidados, na terceira idade podem surgir alguns problemas de saúde oral, muitos deles associados à utilização de próteses dentárias.
“Muitos dos fatores de risco das doenças orais são comuns a diversas doenças crónicas, como a diabetes ou as doenças cardiovasculares, por isso, os idosos requerem uma atenção especial”, lembra João Caramês, fundador e diretor clínico do Instituto de Implantologia®.
A ausência parcial ou total de dentes provoca graves consequências físicas e emocionais. A falta de dentes causa enorme impacto na auto-estima e a capacidade de mastigação torna-se mais reduzida, afetando as escolhas alimentares, o que pode contribuir para deficiências nutricionais e, consequentemente, para o aparecimento de outras doenças.
Com o avançar da idade, os problemas mais recorrentes são as cáries, principalmente as cáries radiculares (nas raízes dos dentes), a doença periodontal (que afeta as gengivas e os ossos maxilares) e as alterações funcionais da cavidade oral decorrentes da perda ou do desgaste dos dentes. Outras alterações associadas à idade estão relacionadas com o aparecimento de mucosas mais sensíveis, alteração da cor dos dentes, diminuição da perceção de determinados sabores, a xerostomia (sentir a boca seca) e até o cancro oral.
Escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia com um dentífrico fluoretado é a mais importante formade prevenção de cáries dentárias e consequente perda de dentes.
“É comum os idosos sentirem a boca seca, sobretudo devido à toma de alguns medicamentos que reduzem a produção de saliva. Por isso, o aconselhamento com o médico dentista é fundamental, sobretudo para saber como tratar esta disfunção”, acrescenta o também Professor Catedrático da Universidade de Lisboa.
A manutenção das próteses dentárias exige alguns cuidados especiais, como a correta higienização após as refeições. É importante remover as próteses durante o sono, para que as mucosas descansem durante algumas horas. Deve ser dada especial atenção ao eventual desgaste da prótese e ao seu ajuste na boca. As próteses devem estar corretamente adaptadas para não provocarem lesões nas mucosas e para permitirem a adequada mastigação dos alimentos.