Uma equipa de investigadores norte-americanos descobriu uma nova técnica menos agressiva do que a quimioterapia para tratar o cancro da próstata, que consiste na utilização de nanopartículas de ouro e de um composto encontrado em folhas de chá.
Uma equipa de investigadores norte-americanos descobriu uma nova técnica menos agressiva do que a quimioterapia para tratar o cancro da próstata, que consiste na utilização de nanopartículas de ouro e de um composto encontrado em folhas de chá e permite que os órgãos vitais sejam menos prejudicados durante o processo.
Atualmente, o cancro da próstata é tratado por meio da injeção de centenas de “sementes” radioativas na área afetada. Porém, segundo os especialistas, o tratamento não é eficaz em casos muito severos, já que o tamanho destas “sementes” e a sua dificuldade em chegar aos tumores impossibilitam a tarefa.
Em comunicado, Kattesh Katti, professor de radiologia e física da Faculdade de Medicina da Universidade do Missouri, explica que, em conjunto com os colegas, descobriu na folha de chá um composto especial que é atraído pelas células cancerígenas dos tumores. Este tem, assim, potencial para servir como meio para “entregar” ao tumor as nanopartículas de ouro radiotivas para o tratamento, destruindo as células tumorais com eficácia.
De acordo com os investigadores, o sucesso desta técnica deve-se “às propriedades inerentes às nanopartículas de ouro”. Cathy Cutler, outra das cientistas envolvidas no estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), acredita que “as nanopartículas de ouro podem reduzir os tumores, tanto os que se desenvolvem lentamente como os mais agressivos, ou até mesmo eliminá-los totalmente”.
O grupo da Universidade do Missouri afirma que, graças às suas dimensões e ao composto encontrado no chá, as nanopartículas se fixam na zona dos tumores, o que as ajuda a atingir maiores níveis de eficácia e a reduzir “significativamente o volume do tumor em apenas 28 dias de tratamento”.
Durante a investigação atual a equipa testou as nanopartículas em ratos e, antes de dar início aos ensaios clínicos em humanos, os cientistas vão apurar a eficácia do tratamento em cães com cancro da próstata, uma vez que, nestes animais, a doença se manifesta de forma muito semelhante ao que acontece nos humanos.
Clique AQUI para aceder ao estudo publicado na PNAS (em inglês).