Nesse dia, milhares de trabalhadores saíram às ruas para protestar contra as condições de trabalho a que estavam submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.
Várias manifestações movimentaram a cidade, mas a repressão ao movimento foi dura, resultando em prisões, vários feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a Polícia.
Em memória aos mártires de Chicago e o que esse dia significou na luta dos trabalhadores de todo o mundo pelos seus direitos, o dia 1 de Maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalhador.
1º de maio em Portugal
Em Portugal, só a partir de Maio de 1974 (o ano da revolução do 25 de Abril) é que se voltou a comemorar livremente o 1º de Maio que passou a ser feriado nacional. Durante a ditadura do Estado Novo, a comemoração deste dia era reprimida pela polícia. [Veja no vídeo abaixo, imagens do primeiro Dia do Trabalhador celebrado em Lisboa depois do 25 de abril].
Este ano, as centrais sindicais portuguesas – CGTP e UGT – sublinham que a data será assinalada "num momento decisivo" de preparação para as eleições legislativas e de negociações com as instituições internacionais para concessão da ajuda económica externa a Portugal.
João Proença, da União Geral dos Trabalhadores (UGT) disse à agência Lusa que, neste 1.º de Maio, é necessário "demonstrar que os trabalhadores/as estão unidos na luta contra políticas que promovam a injustiça social e que agravem as desigualdades sociais".