Uma mulher que desapareceu há 52 anos em Surrey, na área metropolitana da cidade canadiana de Vancouver, acaba de ser encontrada com vida em Yukon, outro território do Canadá, depois de não se ter sabido do seu paradeiro desde Setembro de 1961.
Uma mulher que desapareceu há 52 anos em Surrey, na área metropolitana da cidade canadiana de Vancouver, acaba de ser encontrada com vida em Yukon, outro território do Canadá, depois de não se ter sabido do seu paradeiro desde Setembro de 1961, quando uma vizinha a avistou pela última vez ainda na sua antiga casa.
A história é avançada pela cadeia canadiana CBC News, que conta que a família alertou para o desaparecimento de Lucy Johnson a 14 de Maio de 1965 e que, durante os primeiros anos de investigação, a polícia acreditou que a mulher teria sido assassinada pelo marido, Marvin Johnson, considerado suspeito.
À data, as autoridades constituíram-no arguido e analisaram detalhadamente o quintal à procura de sinais do corpo da mulher ou de pistas que pudessem ser relevantes para o caso, mas sem sucesso. Ainda com a investigação em aberto, o cônjuge acabou por falecer no final da década de 90.
Ao longo dos anos, a polícia canadiana continuou a comparar amostras de ADN de restos mortais não identificados com o ADN dos filhos do casal, mas nunca encontrou correspondência até que, há algumas semanas, no final de Junho, se deu uma reviravolta no caso.
O departamento policial de Surrey destacou a história do desaparecimento de Lucy Johnson no âmbito de uma ação que dá a conhecer uma pessoa desaparecida por mês e recebeu uma chamada inesperada… de uma outra filha da canadiana.
“Recebemos um telefonema de uma mulher de Yukon [onde Johnson já tinha vivido antes de casar] que disse que tinha visto a fotografia de uma pessoa desaparecida nos jornais e que a pessoa de que estávamos à procura era a sua mãe”, contou Bert Paquet, comandante de polícia de Surrey à CBC News.
Segundo a filha, que as autoridades desconheciam, Lucy, hoje com 77 anos de idade, passou todo este tempo a viver em Yukon com outra família. “A primeira filha entrou em contacto com a meia-irmã, que nem sequer sabia que tinha. As estrelas alinharam-se e o 'timing' foi perfeito”, contou Paquet.
O representante das autoridades canadianas acrescentou que as duas famílias já se encontraram e que o reencontro foi uma experiência emocionante, pelo que todos têm apenas procurado privacidade.