Turia Pitt foi convidada pela revista para fazer parte do júri dos prémios “Women of the Future”, promovidos pela própria publicação e que distinguem mulheres com um percurso profissional de excelência. Todos os anos, o painel escolhe um grupo de mulheres para integrarem o júri das bolsas e este ano, Turia foi uma das convidadas.
No site da revista, a editora da publicação explica que “quando Turia foi fotografada”, como elemento do grupo do júri, “não teve qualquer dúvida de que ela seria a capa de julho”.
“Qualquer tentativa de descrever a magia e a beleza de Turia perde-se em clichés. Mas posso garantir que nunca conheci ninguém tão brilhante como ela”, diz a editora da revista Helen McCabe.
Há três anos, a engenheira de minas foi apanhada por um incêndio florestal enquanto realizava uma ultramaratona em Kimberley, na zona oeste da Austrália, tendo sofrido queimaduras de 1.º grau em 64 por cento do corpo.
Embora os médicos lhe tenham dado poucas hipóteses de sobrevivência, Turia desafiou todos os prognósticos e conseguiu recuperar. Entretanto, esta australiana tornou-se um símbolo nacional e tem vindo a participar em diversas iniciativas a favor das vítimas de queimaduras severas.
Recentemente, percorreu de bicicleta mais de 2.800 quilómetros (entre Sydney e Uluru), nadou 20 quilómetros no lago Argyle e atravessou a Muralha da China. Todo o dinheiro angariado por Turia reverte para a Interplast, uma organização especializada na reconstituição cirúrgica de vítimas de queimaduras.
No artigo da revista, Turia relata como têm sido os últimos três anos da sua vida, desde o episódio do incêndio que quase lhe roubou a vida até ao amor incondicional do seu marido Michael Hoskin que apoiou, desde o primeiro momento, a sua recuperação. Turia afirma mesmo que se sente a “mulher mais sortuda do mundo”.