A partir de apenas 20 euros, qualquer pessoa pode (micro)financiar projetos de países em vias de desenvolvimento, selecionados para a plataforma Microworld que permite conhecer os microempreendedores e as suas ideias de negócio oferecendo ainda, aos
A partir de apenas 20 euros, qualquer pessoa pode (micro)financiar projetos de países em vias de desenvolvimento, da plataforma Microworld. Funcionando como uma espécie de rede social, a Microworld permite conhecer os microempreendedores e as suas ideias de negócio oferecendo ainda, aos financiadores, a garantia de devolução do capital.
Sophanith Hay vive numa aldeia do Camboja e é pai de sete crianças. Hay pediu o primeiro microcrédito há cerca de 10 anos para comprar um gerador e fornecer eletricidade à sua aldeia que não tinha energia. Agora, que a rede elétrica do Camboja vai chegar aquela zona, Sophanith Hay quer aproveitar os geradores de eletricidade e convertê-los num sistema para alimentar os seus porcos aumentando, assim, a sua produção.
Mas este é apenas um exemplo entre muitos que têm sido financiados pelos financiadores da rede Microworld, parceira da plataforma Planet Finance que, através das suas Micro Finance Institutions (MFI), identifica e apoia diferentes microempreendedores em vários países do mundo, encaminhando parte deles para o Microworld.
No site da plataforma Microworld é possível conhecer a biografia, a história e o projeto de cada microempreendedor. Depois de escolher o projeto que se quer financiar – e este financiamento pode ter um valor mínimo de 20 euros e um teto máximo de 1.000 euros – a pessoa ou empresa que financia pode acompanhar, online, a evolução de todo o projeto. A plataforma cria também um breve perfil de quem ajuda, pelo que será possível conhecer e interagir com outro microfinanciadores.
Uma jovem paquistanesa que quer montar um pequeno negócio de comida précozinhada, uma mulher do Camboja que quer expandir o seu negócio de produção e venda de arroz ou uma mulher, também do Cambodja, que quer substituir o velho veículo que o seu marido usa para serviços de transporte de pessoas são alguns dos cerca de 40 projetos disponíveis, de momento, para financiamento.
Para além do seu caráter global, a grande vantagem deste tipo de ajuda humanitária face às tradicionais doações de caridade é que oferece, a quem financia o empréstimo, a garantia da devolução do dinheiro que emprestou. Tanto os empréstimos como as devoluções são feitos através do sistema Paypal.
Contudo – e embora cobre pequenas taxas de juro que são usadas para gerir as despesas das MFI – “o microcrédito não prevê recompensas aos financiadores tendo um carácter estrito de apoio social”, explica ao Boas Notícias Abel Santos, consultor da Capgemini, uma das empresas que, a nível internacional, apoia o Microworld com contribuições regulares dos seus colaboradores.
Negócios eficientes e sustentáveis
Abel Santos explica que o principal objetivo da plataforma é aliar “uma forte missão social com uma metodologia de negócio, para promover o crescimento do microcrédito em países em vias de desenvolvimento (…) através de práticas de negócio eficientes e sustentáveis”.
Segundo o responsável da Gapgemini, “nos diferentes projetos propostos para financiamento, o valor médio varia entre os 673 (518 euros) e os 1.339 dólares (1.030 euros)”. Da parte da Capgemini, desde que os seus colaboradores aderiram ao Microworld, em Fevereiro de 2012, já financiaram quase 400 projetos, num total de 25 mil euros de capital investido.
O conceito de microcrédito foi criado pelo indiano Muhammad Yunus, Nobel da Paz em 2006, e tem sido implementado através do banco que fundou, o Grameen Bank. O que distingue o sistema de Muhammad Yunus da rede Microworld, fundada em 2010, é que, aqui, qualquer pessoa, em qualquer local do mundo, pode dar o seu contributo e conhecer de perto os microempreendedores que estão a financiar, contribuindo assim para a erradicação da pobreza e para o crescimento de negócios financeiramente sustentáveis.
Clique AQUI para aceder ao site da Microworld e conhecer os microempreendedores que precisam da sua ajuda. Clicando AQUI pode aceder ao Facebook da rede.
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