Diagnosticar a esquizofrenia pode tornar-se mais fácil através de um teste simples e inovador ao movimento dos olhos. A conclusão é de um estudo de um grupo de cientistas da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, publicado na quinta-feira passada.
Diagnosticar a esquizofrenia pode tornar-se mais fácil através de um teste simples e inovador ao movimento dos olhos. A conclusão é de um estudo de um grupo de cientistas da Universidade de Aberdeen, na Escócia, publicado na passada quinta-feira na revista científica Biological Psychiatry.
Os resultados da investigação revelaram que este método teve 98% de eficácia no diagnóstico do distúrbio mental, que é uma doença difícil de detetar, visto que o diagnóstico é feito apenas através dos padrões comportamentais, o que o torna complicado e muito dispendioso.
Esta ligação entre a patologia e os movimentos dos olhos já havia sido estudada anteriormente, mas só agora, com este estudo, se concluiu que a relação pode ser determinante para detetar esta doença.
“Sabe-se há mais de 100 anos que indivíduos com doenças psicóticas têm diversas anomalias no movimento dos olhos. Mas, até a realização do nosso estudo, que usou novos testes, ninguém pensou que essas anomalias eram sensíveis o suficiente para serem usadas como forma de diagnóstico clínico”, explica em comunicado publicado no site da Universidade, Philip Benson, um dos cientistas responsáveis pelo estudo.
Para este estudo foram formados dos dois grupos: 88 pacientes que sofriam de esquizofrenia e 88 pessoas num grupo de controlo, aos quais foram realizados diferentes testes do olhar, que incluíam o acompanhamento com os olhos de um objeto que se movia devagar; observar uma variedade de cenas do dia-a-dia e manter o olhar fixo sobre um objeto estático.
Os pacientes diagnosticados com esquizofrenia tiveram dificuldades “em acompanhar com os olhos objetos em movimento lento”, acabando por fazer esse processo com movimentos rápidos dos olhos.
No teste que pedia a observação de cenas do dia-a-dia verificou-se que este grupo tinha “um padrão anormal de observação” em relação ao dos elementos do grupo de controlo tendo sido também visível, no último teste, que o grupo identificado com esta patologia manifestou dificuldades em manter um olhar fixo.
Desta forma, os cientistas acreditam que uma aplicação semelhante ao método adotado neste estudo, que se mostrou muito preciso, pode ajudar os hospitais e clínicas num diagnóstico precoce.
Agora, os investigadores vão tentar perceber se este mecanismo pode ajudar a que os tratamentos para os sintomas desta patologia sejam administrados mais rapidamente.
Clique AQUI para aceder ao comunicado (em inglês)
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]
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