O físico Szabolcs Márka, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, está a desenvolver uma espécie de parede de laser que repele todos os mosquitos que se encontrem nas imediações limitando os seus movimentos, conta o jornal britânico Daily Mail.
A ideia surgiu quando, numa viagem a África, um dos seus amigos faleceu devido à malária, o que o fez ganhar consciência sobre o verdadeiro impacto da doença. Então, Márka começou a considerar a hipótese de a luz ter a capacidade de deter e repelir os mosquitos confundido os seus sistemas sensoriais e pôs mãos à obra.
A “parede”, que construiu com o apoio da mulher ZsuZsa e do colega Imre Bartos, é capaz de projetar um cone de luz com dimensão suficiente para envolver uma família inteira durante do sono e protegê-la de forma muito mais eficaz do que qualquer um dos sistemas de proteção tradicionais.
O especialista explicou que “os mosquitos andam e voam em direção ao cone de luz, mas, quando lá chegam, voltam para trás. Não querem atravessá-lo”. Embora o porquê deste comportamento ainda seja uma incógnita, o projeto tem-se mostrado eficaz não só em termos de resultados práticos como de custos.
O desenvolvimento destas barreiras invisíveis de luz já valeu a Márka a conquista de um prémio Blavatnik, distinção que reconhece o trabalho de jovens cientistas e engenheiros de Nova Iorque, Nova Jérsia e Connecticut.
Szabolcs Márka conta com o apoio da Bill and Melinda Gates Foundation, organização dedicada à erradicação da malária, que desde 2008 contribui fortemente para o financiamento da investigação.
Segundo os dados da Gates Foundation, cerca de um milhão de pessoas morre anualmente devido à doença, 90% delas em África, sendo que 85% das vítimas são crianças com menos de cinco anos.
[Notícia sugerida por Ana Guerreiro Pereira]