Além disso, os especialistas acreditam que, se os países continuarem a cumprir as metas de erradicação, mais três milhões de mortes poderão ser evitadas até 2015.
O diretor do Programa Mundial de Malária da OMS defendeu que estes dados gerais comprovam a eficácia dos programas de combate à doença. Numa conferência internacional sobre a malária em Seattle, EUA, Robert Newmann sublinhou que “melhor diagnóstico, exames e vigilância forneceram um quadro mais claro de onde estamos e mostraram que há países a eliminar a malária em todas as regiões endémicas do mundo”.
A doença, transmitida pela picada de um mosquito, afeta sobretudo a região da África subsariana, onde ocorreram 85% das mortes por malária em 2009. Só nesse ano, 781 mil pessoas perderam a vida devido à doença, maioritariamente crianças com menos de cinco anos de idade. Em 2000, a malária tinha provocado 985 mil mortes a nível mundial, o que demonstra uma evolução positiva.
Perdas económicas significativas
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a malária causa também perdas económicas significativas e pode diminuir o PIB em 1,3% em países com altos níveis de transmissão. Onde a incidência da doença é maior, corresponde a até 40% dos gastos de saúde pública, 30% a 50% dos internamentos e até 60% das visitas de pacientes a clínicas.
A OMS lançou uma campanha de erradicação global da malária em 1955, tendo conseguido eliminar a doença em 16 países. Duas décadas depois, o organismo acabou por optar por concentrar-se num propósito menos ambicioso: controlar a propagação da doença.
Porém, o desejo de erradicar a doença a longo prazo tem vindo a ressurgir. Desde 2007, a malária já foi erradicada de mais três territórios: Arménia, Marrocos e Turquemenistão.