Em 10 anos, caiu 20% o número de vítimas do cancro do colo do útero em Portugal. A diminuição de mortes é atribuída às campanhas de sensibilização e à vacina.
Em 10 anos, caiu 20% o número de vítimas do cancro do colo do útero em Portugal. A diminuição de mortes é atribuída às campanhas de sensibilização e à vacina incluída no Plano Nacional de Vacinação.
Os dados foram divulgados por Victor Veloso, presidente do Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em declarações à Rádio Renascença, no dia em que arranca a Semana Europeia de Prevenção do Cancro do Colo do Útero.
“Enquanto em 2002, morriam 480 mulheres, neste ano já vamos nas 390 mulheres, o que significa uma redução de cerca de 20% que é substancial e que significa que a nossa campanha foi coroada de êxito”, frisou Victor Veloso.
No entanto, o responsável sublinhou a importância de prevenir a doença, único meio de garantir resultados cada vez mais positivos. “Não chega a vacinação, é necessário fazer o papanicolau e evitar os comportamentos de risco, a promiscuidade, evitar ter relações com múltiplos parceiros sexuais”, lembrou.
Além disso, Victor Veloso destacou ainda outro aspeto a ter em conta. “Um dos grandes transmissores do HPV (Vírus do Papiloma Humano) é o homem e o homem não se pode esquecer disso”.
Atualmente, por decisão da Direção-Geral de Saúde, a vacina, incluída no Plano Nacional de Vacinação, destina-se apenas a raparigas de 13 anos, para as quais é gratuita. Para as restantes mulheres, o preço da vacina, administrada em três doses, ronda os 500 euros.
[Notícia sugerida por Ana Ri]