O projeto desenvolvido pelo Instituto Superior Técnico (IST) e o Instituto das Telecomunicações (IT) permite saber qual o nível de radiações eletromagnéticas emitido por cada telemóvel. Os resultados têm mostrado níveis inferiores aos limit
O projeto desenvolvido pelo Instituto Superior Técnico (IST) e o Instituto das Telecomunicações (IT) permite saber qual o nível de radiações eletromagnéticas emitido por cada telemóvel. Os resultados têm mostrado níveis inferiores aos limites recomendados internacionalmente.As monitorização dos dados pode ser feita de duas maneiras: continuamente, a partir de sondas específicas para o efeito que se encontram fixas numa dada região do País ou localmente, com a colaboração de técnicos especializados que se deslocam pelo País em campanhas de medida.
Todos os resultados vão sendo automaticamente publicados no site do projeto, em http://monit.it.pt.
O programa monIT pretende, desta forma, dar resposta ao receio generalizado de que as radiações emitidas pelos telefones móveis são prejudiciais à saúde. O professor Luís Correia do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores do IST diz ao Diário de Notícias que “os receios estão relacionados com a carga emocional da palavra radiações, já que é associada ao nuclear”. Mas, sublinha, “as radiações eletromagnéticas e as radiações nucleares são muito diferentes relativamente aos efeitos no corpo humano e na maneira como são geradas”.
De facto, as medições feitas até agora pelo monIT, em mais de dois mil locais em Portugal, revelam valores sempre inferiores aos limites impostos internacionalmente pela Comissão Internacional para Protecção das Radiações Não-Ionizadas, entidade associada à Organização Mundial de Saúde (OMS). A nível nacional, a regulação destas questões é da responsabilidade da Autoridade Nacional para as Comunicações (ICP-ANACOM).
“As radiações dos telemóveis não são perigosas e as preocupações das pessoas não são fundadas, pois as radiações eletromagnéticas associadas aos telemóveis e às antenas instaladas nos telhados apresentam níveis muito abaixo dos limites de segurança, na esmagadora maioria dos casos, não tendo qualquer problema para a saúde”, remata Luís Oliveira.