Cultura

MOMA expõe e vende peças de cortiça algarvia

O Museu de Arte Moderna (MOMA) de Nova Iorque, um dos mais conceituados do mundo, vai expor e vender objectos de design feitos de cortiça algarvia, anunciou a proprietária da empresa de cortiça Pelcor. [Lusa]
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O Museu de Arte Moderna (MOMA) de Nova Iorque, um dos mais conceituados do mundo, vai expor e vender objectos de design feitos de cortiça algarvia, anunciou a proprietária da empresa de cortiça Pelcor.

Produtos de design luxuosos concebidos a partir da casca de sobreiro como chapéus de chuva, bolsas de cosmética, relógios de pulso, aventais, malas a tiracolo, sacos de compras, bolsas para moedas, carteiras para homem e para cartões de visita são alguns dos objectos amigos do ambiente que vão estar na “MOMA Design Store: Destination Portugal”.

“Vai ser a primeira grande montra da Pelcor nos EUA e naquele que deve ser o museu mais visitado do mundo”, reconheceu Sandra Correia, proprietária da Pelcor, a única empresa algarvia que manufactura a cortiça e está localizada em S. Brás de Alportel.

Volume de negócios aumenta 10%

Os produtos de cortiça vão também estar à venda na loja de lembranças do MOMA, referiu Sandra Correia, reconhecendo que esta iniciativa significa um aumento do volume de negócios na ordem dos 10%.

Em entrevista à Lusa, a empresária referiu que a data da inauguração ainda não foi definida, mas que esse dia está a ser preparado com pompa, onde vão ser convidados diplomatas americanos e entidades portuguesas, além da imprensa norte-americana.

A Pelcor vai também exibir, entre sexta-feira e domingo, a cortiça algarvia na feira ecológica de Los Angeles (Califórnia/EUA), denominada “L.A. Go Green”, um evento com 250 expositores e cujo objectivo é revelar produtos que respeitam o Ambiente em pleno Ano Internacional dedicado à Biodiversidade.

“Vamos a Los Angeles com a nossa colecção Primavera/Verão 2010 e levamos produtos para alta moda como cintos, carteiras e malas em cortiça com cores”, explicou Sandra Correia.

Negócio da família Correia na cortiça tem 75 anos

O negócio corticeiro da família Correia começou em 1935, no centro do Algarve, região considerada o berço da melhor cortiça do mundo.

Pelas mãos do artesão António Correia, avô de Sandra, crescia uma mini-indústria dedicada à confecção de tacões para sapatos, canas de pesca e rolhas para garrafas de vinhos e champanhe francês.

Hoje, passados 75 anos, a empresa de cortiça continua a produzir as rolhas para os champanhes mais “rafinés” do mundo, mas para se poder internacionalizar apostou na criação de produtos “fashion”.

Em Setembro de 2009, a Pelcor esteve presente no famoso restaurante Rouge Tomato, na 5ª Avenida de Nova Iorque, um evento de grande prestígio, por onde passaram cerca de 300 membros da imprensa americana, desde jornalistas, a produtoras de filmes, analistas de mercado, escritores, fotógrafos, entre outros.

Uma princesa da Arábia Saudita, Jawaher, recebeu recentemente no seu palácio em Riade, capital daquele reino, 110 quilos de cortiça algarvia transformada em individuais para oferecer jantares aos convidados. Os “table-mate” exclusivos lançaram a empresa portuguesa no mundo árabe.

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