Negócios e Empreendorismo

Mobiliário: Exportações para os EUA quase duplicam

As exportações do mobiliário produzido em Portugal para os EUA aumentaram 47% em 2013, com a quota de mercado do país nas vendas globais para o exterior a duplicarem de valor em igual período.
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As exportações do mobiliário produzido em Portugal para os EUA aumentaram 47% em 2013, com a quota de mercado do país nas vendas globais para o exterior a duplicarem de valor em igual período.  
 
Os dados, divulgados esta sexta-feira pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), dão conta da recente aposta de empresas nacionais no mercado norte-americano.
 
“Existe claramente uma tendência de crescimento, estando as pequenas e medias empresas do sector a beneficiar dos apoios do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) para a internacionalização”, diz Rui Boavista, diretor do escritório da AICEP em Nova Iorque, à Lusa.
 
No fim-de-semana passado, uma das mais importantes feiras de mobiliário em Nova Iorque contou com a participação de dez empresas portuguesas. Uma das empresas presentes, a KOKET, existe há quatro anos e tem sido muito bem aceite no mercado norte-americano.
 
“Portugal tem tido uma presença muito forte e respeitada no que diz respeito à qualidade e ao 'design' de produto”, adianta a diretora criativa da marca, Janet Morais, segundo a qual a empresa “faz questão que a produção seja feita em Portugal por artesãos e joalheiros exímios e com grande experiência, garantindo assim alta qualidade”.
 
Atualmente, o principal mercado da KOKET já é Nova Iorque, com a empresa a marcar presença no resto dos EUA – onde está envolvida na renovação das lojas Saks Fifth Avenue e de alguns hotéis – e no resto do mundo, como, por exemplo, nos armazéns Harrods, em Londres.
 
Além da Koket, estiveram presentes na feira marcas como Boca do Lobo, Delightfull e Brabbu. A diretora de marketing da Brabbu, Rita Rodrigues, conta que a empresa decidiu investir nos EUA por estes serem “um mercado com uma forte cultura a nível de 'design', com líderes de opinião conhecidos mundialmente e onde as tendências são ditadas.”
 
“Além disso, é um mercado em contínuo desenvolvimento, com muitas oportunidades e grandes empresas de interiores responsáveis por projetos de interiores de hotéis, restaurantes e residências, que são o nosso principal foco”, acrescenta.
 
Apesar de ter toda a produção feita em Portugal, a Brabbu nasceu e está registrada nos EUA, onde vai celebrar o seu terceiro aniversário em Setembro. Neste momento, opera em mais de 30 países e os EUA encontram-se no 'top 3' desses mercados.
 
“Aqui o mobiliário de luxo é produzido em grande escala e, como tal, as oportunidades de fazer peças à medida e com materiais e acabamentos personalizados são menores”, esclarece Rita Rodrigues, segundo a qual esta realidade acaba por ser uma oportunidade para as empresas portuguesas.
 
“O mobiliário português é visto como aquele que permite dar um toque personalizado e especial a cada peça; ou seja, o cliente tem a possibilidade de escolher o aspeto final”, conclui.
 
Segundo as últimas estatísticas, de 2012, há cerca de 2.300 empresas portuguesas a exportar para os EUA.

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