Já lhe chamam “o microscópio de 1,50 dólares” e, de facto, o preço é uma das grandes vantagens do instrumento de bolso desenvolvido por cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), com o intuito de ajudar a diagnosticar facilmente doenças infecciosas em países pobres.
Apesar de não ter lente, o mini-microscópio permite obter imagens e vídeos de alta resolução, servindo, por isso, para verificar a qualidade microbiológica da água ou identificar uma doença infecciosa como o paludismo em regiões isoladas, desprovidas de infraestruturas adequadas para estas análises.
De acordo com a revista Chip, onde a invenção foi revelada, o microscópio é constituído por duas partes: um sistema de microfluídos, no qual circula o conteúdo biológico (urina ou sangue, por exemplo), e um captor de imagens. Este último regista imagens do primeiro a um ritmo de 500 imagens por segundo e a partir daí com grande resolução.
A data de comercialização ainda não foi estipulada, uma vez que a equipa de investigadores envolvida no projeto reconhece que existem, ainda, algumas falhas a corrigir no protótipo.
Ainda assim, o instrumento tem potencial para ser aplicado em vários campos da biologia do quotidiano, uma vez que permite identificar glóbulos vermelhos e determinados parasitas e ainda produzir sequências de vídeo de células em rotação – o que permite visualizar a estrutura em três dimensões, explica Guoan Zheng, um dos cientistas da Caltech.