De acordo com a edição online do DN, mais de 40% destes negócios apoiados pelo microcrédito surgiram nos últimos dois anos, em plena época de crise.
De acordo com dados de 1999 a 2010 da Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC), mais de 73% destes negócios ainda se mantêm e sobreviveram a este período de maior dificuldade económica dando como bem empregados parte dos sete milhões de euros emprestados pela instituição.
A maioria dos negócios que surge do recurso ao microcrédito está ligada ao comércio e restauração implementados por pessoas entre os 25 e os 39 anos com ensino secundário ou o 3ºciclo.
Os bancos nacionais como a Caixa Geral de Depósitos, BCP, BES, Banif, Santander Totta e BPI criaram também produtos semelhantes apesar de não terem aderido à iniciativa de início.
O BES confirma que são cada vez mais os que vêem no microcrédito a solução do seu problema. “Nos últimos onze meses, tivemos solicitações de crédito a rondar 5,5 milhões de euros, tendo já concedido 1,1 milhões, possibilitando a criação de mais de uma centena de postos de trabalho”, disse ao DN Manuel Henrique Rodrigues.
O diretor do gabinete de microcrédito do BES sublinha que o acompanhamento de proximidade aos clientes permite obter taxas de incumprimento bastante reduzidas.
“Os montantes demonstram que vale a pena apostar nestes `novos´ empreendedores”. Manuel Rodrigues diz ainda que, a muitos, “a crise trouxe ousadia e vontade de vencer”.