O conceito sustentável é aliado a características como leveza, resistência a variações de temperatura e boa aparência dos objetos feitos com o material. Com a merdacotta foram criados vasos decorativos, telhas e utensílios diversos, exibidos na Semana de Design, em Milão. É importante dizer que os produtos não têm mau cheiro, pois o esterco passa por um digestor industrial que extrai a uréia e o gás metano, produzindo energia e deixando apenas o material seco com odor neutro. Em seguida é misturado com palha, outros resíduos agrícolas e argila, moldado, esmaltado e queimado em forno próprio para essa finalidade.
Na mesma fazenda a dupla mantém o “Museo della Merda” (Museu da Merda, em português),
em que os visitantes ficam a conhecer o fabrico da Merdacotta e podem adquirir objetos feitos do material. As peças podem entrar em contato com alimentos e bebidas devido ao seu revestimento de esmalte e cozimento, porém seu criador reconhece que neste caso há um entrave psicológico. É mais fácil adquirir um vaso para plantas do que uma caneca que um dia foi esterco bovino. Ainda assim, a ambição é de um dia poder construir uma casa inteira de merdacotta. Uma inovação sustentável, atrativa e de baixo custo que tem tudo para dar certo.