A tecnologia deste novo reator pode ser fundamental para ganhar o apoio público para a energia nuclear como fonte de energia e ajudar desta forma a reduzir as emissões de dióxido de carbono.
“Em termos de aceitação pública, a questão pendente é mesmo a do desperdício. No futuro seremos capazes de destruir os actinídeos -isótopos de urânio altamente radioativos – fazendo-os desaparecer num reator especial”, explicou ao “Times” a diretora executiva Anne Lauvergeon.
“Queremos tornar a energia nuclear o mais aceitável a nível social e ambiental possível”, esclarece ainda Swadesh Mahajan, cientista na Universidade do Texas, onde também estudam a tecnologia deste novo reator. “Os resíduos nucleares não podem ser 100 por cento eliminados, mas o volume, toxicidade e risco podem ser reduzidos 99 por cento.”
A invenção podia significar ainda que em vez do mundo precisar construir 100 usinas nucleares, bastariam duas para armazenar décadas de desperdício nuclear.
Atualmente existem cerca de 44 centrais nucleares a funcionarem em 31 países. Juntas têm capacidade para gerar 370 gigawatts de energia elétrica, ou 15 por cento do total global. Mas eletricidade produzida através da fissão nuclear produz também 12 000 toneladas de resíduos altamente tóxicos por ano, incluindo plutónio usado para construir armas.
[Notícia sugerida pelo utilizador José Freire]