De acordo com a investigação Infotabaco, embora apenas 38,3% dos fumadores tenha admitido ter alterado os seus hábitos com a entrada em vigor da nova lei, 64% dos inquiridos afirmou ter deixado de fumar quando está ao pé dos filhos, crianças ou mulheres grávidas.
As estatísticas revelam ainda que mais de um quarto dos fumadores (27,2%) deixou de fumar dentro de casa e que cerca de 20% não voltou a acender um cigarro no carro.
Apesar de tudo, um em cada quatro portugueses ainda morre prematuramente, em parte devido ao consumo de tabaco. Francisco George, diretor-geral de Saúde, declara que o tabagismo ainda é a principal causa de morte prematura em Portugal, atingindo cerca de 24,3% da população.
“Um em cada quatro portugueses não atinge os 70 anos de idade, em parte devido ao tabagismo”, explica à agência Lusa.
Também nestes quatro anos de nova lei, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) registou 830 casos de espaços para fumadores que não cumpriam os requisitos necessários.
Segundo a lei que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2008, é proibido fumar em locais de atendimento direto ao público, locais de trabalho, unidades de saúde, lares de idosos, estabelecimentos de ensino, museus e centros culturais, salas e recintos de espetáculos, zonas fechadas de instalações desportivas, centros comerciais, restaurantes, bares, cafés e discotecas, aeroportos, meios de transporte, entre outros.
Especificamente no caso dos estabelecimentos de restauração e cafetaria, a legislação admite a criação de locais próprios para fumadores, desde que a sua área seja superior a 100 metros quadrados, não ocupem mais de 30% da área total, sejam fisicamente separados dos restantes espaços e disponham de uma extração de ar apropriada.
[Notícia sugerida por Elsa Martins e Fernando Pereira]