No Reino Unido, uma menina de sete anos com Síndrome de Down está à frente dos seus coelgas de escola, graças às extraordinárias capacidades de leitura que desenvolveu com os pais a cantar para si desde o dia em que nasceu.
No Reino Unido, uma menina de sete anos com Síndrome de Down está à frente dos seus coelgas de escola, graças às extraordinárias capacidades de leitura que desenvolveu com os pais a cantar para si desde o dia em que nasceu.
A música foi sempre aquilo que Simon e Jo Kent acharam ser a melhor forma de ajudar a filha, Evie, no seu dia-a-dia. Os dois punham música para a menina ainda quando esta se encontrava na barriga da mãe, mas sem nunca imaginar o efeito que esse comportamento viria a ter no desenvolvimento da criança.
“Bombardeamo-la com música desde o dia que ela nasceu”, afirma o pai, Simon Kent, de 35 anos. Ele e a mulher souberam que a filha ia nascer com Síndrome de Down na altura da ecografia das vinte semanas, quando esta revelou um defeito cardíaco no feto.
“Na altura, foi um choque. Mas, depois, no dia a seguir, arregaçámos as mangas e fomos à procura de tudo aquilo que podíamos de fazer para a ajudar a viver a vida ao máximo.”, conta Jo, de 33 anos. “Mesmo quando ainda estava grávida, punhamos a tocar Mozart, porque lemos que a música clássica ajuda a estimular o cérebro”.
Desde então, todos os dias, este casal de Portsmouth, Hampshire, entoava e punha a tocar canções com ritmos e versos adaptados às necessidades da menina. O método ajudava-a a comunicar no dia-a-dia, contribuindo para o seu desenvolvimento intelectual e cognitivo.
“Quando ela nasceu, por exemplo, tinha muito a tendência para abrir só um olho. Então cantávamos-lhe a 'I Spy Evie Pie', que a encorajava a abrir os dois”, revela o casal. Na fisioterapia, eram recorrente o single 'Bicycle Race', dos Queen, e para vestir o casaco, 'Baby Hands Up', para que a menina levatasse os braços.
“Quando ela era mais pequena cantávamos sempre as instruções para se vestir, tomar banho, ir dormir, etc.”, acrescenta Simon. Mais tarde, quando entrou para a escola, Evie usou precisamente esse método para aprender a ler, a escrever e a fazer contas. Hoje, com sete anos, dá provas de estar cerca de um ano à frente dos colegas no que diz respeito à leitura.
“Está totalmente integrada no ambiente escolar. Tem imensos amigos e os professores já nos disseram estar impressionados com o seu desenvolvimento”, garante Simon.
Notícia sugerida por António Resende