O melhor artigo científico de 2012 é português. A escolha é da revista científica Ammons Scientific, que distinguiu um estudo desenvolvido por Aristides Ferreira, professor assistente da ISCTE Business School, no âmbito de uma tese de doutoramento.
O melhor artigo científico de 2012 é português. A escolha é da revista científica Ammons Scientific, que distinguiu um estudo desenvolvido por Aristides Ferreira, professor assistente da ISCTE Business School, no âmbito de uma tese de doutoramento, e relacionado com a investigação da memória humana.
Aristides Ferreira, que acumula a docência com a investigação – as suas duas paixões – trabalhou, durante quatro anos, no desenvolvimento de um instrumento computorizado com o objetivo de permitir a académicos e/ou profissionais medir, por meio de uma bateria de provas, a extensão e a atividade da memória dos indivíduos.
Este trabalho foi agora eleito pelos editores da Ammons Scientific (AmSci) como o melhor trabalho publicado este ano com base numa tese de doutoramento, até porque, segundo o português, “não há nenhum instrumento como este ou com as suas caraterísticas no mercado” atualmente.
Em entrevista à AmSci, Aristides Ferreira explicou que assumiu a missão de desenvolver este instrumento porque “havia necessidade de cosntruir algo que permitisse aos académicos e profissionais medir a extensão da memória e o seu desempenho no seio da população portuguesa; especialmente um dispositivo computorizado”.
“Queria ir além daquilo que uma tese de doutoramento é habitualmente e juntar investigação e interesses económicos. Por outras palavras, não queria fazer uma tese que acabasse numa prateleira e não tivesse utilidade para o futuro”, acrescentou o docente.
Instrumento chega ao mercado em breve
Segundo Aristides Ferreira, “a memória precisa de ser investigada, quer em contexto académico, quer em contexto profissional”, pelo que um instrumento deste tipo terá um espetro amplo de aplicações.
A bateria desenvolvida pelo português vai ser comercializada pela CEGOC, Lda., faltando apenas “limar algumas arestas”, processo que está a decorrer. “Vai estar brevemente no mercado para a população portuguesa e talvez também para a espanhola”, desvendou o investigador.
“Também gostaria de ter uma versão inglesa deste instrumento. É possível que venha a juntar-me com investigadores com interesses similares e que queiram aceitar o desafio. Vamos ver o que acontece”, concluiu.
O artigo científico de Artistides Ferreira, assinado também pelos co-autores Leandro S. Almeida e Gerardo Prieto, foi publicado este mês na revista Psychological Reports. Clique AQUI para aceder ao resumo (em inglês).
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]