Uma terapia experimental contra o melanoma avançado provou ser eficaz em melhorar a taxa de sobrevivência de pacientes com este tipo de cancro de pele. O estudo foi publicado no "New England Journal of Medicine".
Uma terapia experimental contra o melanoma avançado provou ser eficaz em melhorar a taxa de sobrevivência de pacientes com este tipo de cancro de pele. O estudo foi publicado no “New England Journal of Medicine”.Os pacientes que foram tratados com Ipilimumab juntamente com a administração de uma vacina terapêutica tiveram uma média de meses de vida acrescidos, 10 meses em vez dos 6.4 meses dos pacientes que receberam apenas a vacina.
O melanoma é um dos cancros mais mortais e aquele que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, sofreu um maior aumento em termos de incidência nos últimos 30 anos. O fármaco, que ainda está em fase de testes, pode chegar rapidamente ao mercado.
O MDX-010 ou ipilimumab édesenvolvido pela Bristol-Myers Squibb e pela Medarex e foi testado em 676 pacientes. Ao contrário da maioria dos tratamentos que visam as células cancerígenas, este anticorpo estimula as células T, uma classe de linfócitos que assume um papel fundamental na resposta imune celular.
Na experiência, quase dois terços dos pacientes sofreram efeitos secundários que precisaram de terapias imunosupressivas com esteróides.
De acordo com Steven O´Day, professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia do Sul e autor do estudo publicado no New England Journal of Medicine, este é “um medicamento forte”. Segundo o mesmo responsável, citado pela Medscape.com, é também a primeira vez que uma terapêutica do género se mostrou eficaz em melhorar a sobrevivência num teste clínico fase 3.
“É uma descoberta significativa”, disse também um dos especialistas presentes no encontro anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO). “Quando o melanoma é avançado, temos muito poucas terapias eficazes”.