Sociedade

Mel: Primas desempregadas apostam em tradição familiar

Em Estarreja, duas primas aproveitaram a situação de desemprego em que se encontravam para "redescobrir" uma atividade familiar e lançá-la no mercado.
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Em Estarreja, duas primas aproveitaram a situação de desemprego em que se encontravam para “redescobrir” uma atividade familiar e lançá-la no mercado. Aproveitando a paixão do avô pelas abelhas e pelo mel, Ana e Carla quiseram apostar na criação de novos sabores, incluindo o inédito mel de mirtilo. 
 
“Quando nos vimos desempregadas, resolvemos olhar para as nossas raízes e cultura da nossa famílias”, conta Ana Pais, de 31 anos, licenciada em turismo e com uma especialização em tradução. A experiência do avô como apicultor fê-las “fervilhar de ideias”, até que decidiram trazer “uma lufada de ar fresco ao mercado do mel”. 
 
Como revela à Lusa, a ideia passa por criar “algo diferente, com impacto e sabores diferenciadores”, pegando no “mel monofloral de qualidade que Portugal” e, com base na sua tradição familiar, “colocar-lhe um sabor” que pode ir “desde os mais frescos, como os cítricos, aos mais intensos”.  
 
Dessa forma,  o mel chega ao consumidor com “roupagem completamente diferenciadora e inovadora, como se de um perfume raro se tratasse, com vários sabores, cheiros, texturas e cores”. Nesse sentido, e com o apoio da prima, Carla Pereira, de 28 anos, vai lançar, em Julho, a 'Bee Sweet', cujo catálogo vai contar com “uma gama fresca e uma gama quente, mais intensa”. 
 
Graças a estes 'flavors' diferenciados, os consumifores podem utilizar o mel em diferentes situações e aplicações gastronómicas. Além disso, será ainda confecionado um mel raro e específico, feito a partir da floração de mirtilo, e que, atualmente, só existe no Canadá: o Beeblue. 
 
Para caraterizar o mel e estudar as suas propriedades antibacterianas, assim como a sua atividade cicatrizante e capacidade antioxidante, as duas primas fizeram questão de estabelecer contactos com a Faculdade de Ciências de Nutrição do Porto,  a Universidade de Aveiro, e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.
 
“Queremos fazer o nosso mel de forma certificada e garantida, de maneira a que este tenha benefícios diferenciadores em comparação com outro tipo de mel”, afirma Ana Pais, segundo a qual os novos produtos se destinarão ao mercado 'Premium'. Uma outra novidade passa pela embalagem “leve, ergonómica, com zero desperdícios e glamorosa”. 
 
Mesmo ainda sem estar no mercado, Ana e Carla já pensam em oportunidades de negócio além fronteiras, indo marcar presença na Feira Internacional Interwine, em Guangzhou, na China. Lá, pretendem promover provas de mel, sentir o “feedback do consumidor chinês” e sondar “um possível distribuidor”.  

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