A prática regular de exercício vigoroso na pós-menopausa pode reduzir em até um quinto o risco das mulheres de desenvolverem cancro da mama. A conclusão é de um novo estudo da Universidade de Oxford, em Inglaterra.
A prática regular de exercício vigoroso na pós-menopausa pode reduzir em até um quinto o risco das mulheres de desenvolverem cancro da mama. A conclusão é de um novo estudo da Universidade de Oxford, em Inglaterra.
Meia hora por dia de aeróbica ou 'zumba', por exemplo, pode chegar para afastar a doença, acreditam os cientistas, cuja investigação mostrou também que as mulheres mais pesadas apresentam um risco 55% superior de vir a ter cancro mamário, embora a atividade física seja benéfica independentemente do peso.
Os investigadores, coordenados por Tim Key, cientista da Cancer Research UK e professor da Universidade de Oxford, analisaram cerca de 126.000 mulheres na pós-menopausa baseando-se na percentagem de gordura corporal, no exercício praticado e em vários fatores associados ao estilo de vida registados numa base de dados médicos – a UK Biobank.
Aproximadamente 1.000 mulheres do grupo foram diagnosticadas com cancro da mama nos três anos seguintes ao início do estudo, o que permitiu à equipa avaliar o impacto de todos estes elementos no desenvolvimento da doença a curto-prazo.
“Já sabíamos há algum tempo que o exercício pode ajudar a reduzir o risco de cancro da mama depois da menopausa, mas o que é verdadeiramente interessante neste estudo é que tal não se deve apenas ao facto de as mulheres mais ativas serem mais magras, o que sugere que pode haver benefícios diretos para mulheres com todo o tipo de pesos”, afirma Tim Key.
“Não sabemos, por enquanto, de que forma o exercício reduz este risco além do facto de contribuir para manter um peso saudável, mas alguns pequenos estudos indicam que tal pode estar associado ao impacto dos níveis hormonais no organismo”, acrescenta o cientista, em comunicado.
Para Alison Cox, diretora para a prevenção do cancro da Cancer Research UK, citada na mesma nota, “este estudo confirma que os benefícios de uma vida ativa vão além de queimar calorias, enviando uma mensagem clara a todas as mulheres sobre a importância da prática de exercício durante toda a vida”.
O estudo da Universidade de Oxford vai ser apresentado durante a conferência do National Cancer Research Institute (NCRI) que está a decorrer em Liverpool, Inglaterra, até 10 de Novembro.