O dia-a-dia do Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (Cedace) sofreu uma brusca alteração desde a passada quarta-feira. Dos habituais 20 a 30 dadores que diariamente ali se deslocavam, passaram a aparecer umas impressionantes 200 a 300 pessoas disponíveis para ajudar.
Em comunicado à Lusa, o Cedace informou que “se regista um aumento exponencial de pessoas que chegam a esta unidade e se oferecem para 'ajudar o filho do Carlos Martins'”, cita a agência.
O apelo feito pelo jogador aconteceu no final do jogo entre a seleção nacional e a Bósnia, e desde então tem sido repetido por várias personalidades, não só do futebol. O filho de Carlos Martins sofre de uma aplasia medular e precisa urgentemente de um transplante de medula.
Na página do Facebook criada para a campanha, o jogador e a sua mulher contam que o menino faz este sábado 3 anos. “O Gustavo faz hoje 3 anos. Gostaríamos, neste momento difícil, de agradecer a todos vós, que se têm mostrado tão humildemente disponíveis para ajudar o nosso filho a curar-se. Do fundo do nosso coração, muito muito obrigado”, escrevem Carlos e Mónica Martins em “Vamos ajudar o Gustavo”.
Os dadores de medula têm de dar uma amostra de sangue que é analisada para se verificar se é compatível com algum dos doentes que necessitam de um transplante. A grande quantidade de doações que têm ocorrido nos últimos dias é, assim, uma boa notícia para muitas outras crianças que sofrem do mesmo problema.
Sempre que o sangue for utilizado os dadores recebem essa informação. Até hoje estavam registados no Cedace um total de 264.767 dadores.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta e Mafalda Almeida]