Neste estudo, os investigadores aproximaram um aparelho de calor foi colocado na perna direita dos participantes para aquecer uma área pequena da pele a 48º Celsius por mais de cinco minutos. Os exames feitos depois da meditação mostraram que as dores dos participantes que tinham feito meditação foram reduzidas de 11% a 93%.
"Encontramos 40% de redução na intensidade e 57% de redução no desconforto causado pela dor. A meditação teve mais efeito na dor que a morfina ou outros analgésicos que reduzem a dor em 25%", disse o autor do estudo, Fadel Zeidan, investigador da Wake Forest University School of Medicine.
Durante a prática de meditação, os participantes foram examinados através de ressonância magnética. Os exames mostraram que a meditação reduziu a atividade cerebral nas áreas responsáveis pelas sensações de intensidade da dor. Quando os participantes meditaram durante os exames, a atividade cerebral nessa região de processamento da dor não foi detectada pela ressonância.
Estes resultados, publicados na edição de abril do Journal of Neuroscience, nao totalmente novos. Outras investigações já tinham provado que a meditação reduz a sensação de dor, ansiedade e outras doenças físicas e psicológicas.
A novidade reside no facto desta equipa ter conseguido resultados apenas após 80 minutos de treino. "Embora os benefícios completos da medicina só possam ser desfrutados por quem pratica meditação regularmente, o nosso estudo sugere que alguns dos efeitos podem sentido por qualquer um", sublinha Zeidan says, citado pela CNN.
O tipo de meditação utilizado neste estudo é conhecido como Shamata, ou "atenção focada". Como outras formas de meditação, passa por observar o que se passa no corpo e na mente sem fazer julgamentos e mantendo atenção na respiração ou num mantra (repetição de uma palavra).
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