Médicos da Universidade de McGill, no Canadá, realizaram as primeiras anestesias à distância do mundo no passado dia 30 de agosto. O método, desenvolvido em parceria com a Universidade de Pisa, pretende facilitar a assistência médica a pacientes de locais isolados.
A aplicação da anestesia consistiu na administração de substâncias para controlar a dor de pacientes na cidade de Pisa, em Itália, que foram submetidos a uma cirurgia na glândula tiróide. Quatro monitores deram informações aos médicos canadianos sobre as condições do paciente como respiração, sinais vitais e imagens da cirurgia.
Conhecida como “teleanestesia”, o método foi desenvolvido por anestesistas, engenheiros e pesquisadores sob coordenação de Thomas Hemmerling, da universidade McGill. As drogas são aplicadas por meio de um “cockpit”, controlado por computadores.
No site da Universidade McGill, Thomas Hemmerling explica o conceito é baseado na utilização comum de meios como a Internet banda larga e vídeo-conferência. Os médicos pretendem aplicar a nova tecnologia em mais 200 doentes de Pisa.
“É claro que médicos locais podem entrar na cirurgia caso algo corra mal, a qualquer momento”, garante Hemmerling. “É uma hipótese de atender pessoas em países com áreas muito isoladas, como é o caso do Canadá, quando um médico não puder estar presente.”
O próximo passo na pesquisa da Universidade McGill é de estudar a possibilidade de consultas pré-operatórias com os pacientes em casa. Caso viável, a avaliação poderá evitar a necessidade das pessoas percorrem vários quilómetros para se deslocarem ao médico.