Teresa Caeiro, do CDS, e João Semedo, do Bloco de Esquerda, afirmaram que o diploma que determina que os remédios devem voltar a ter o preço de venda ao público será aprovado em plenário na Assembleia da República na sexta-feira ou na quarta-feira da próxima semana.
A proposta de lei que visa a recolocação do preço foi aprovada na comissão de Saúde na reunião de quarta-feira, apenas com os votos contra do PS. A comissão está ainda a finalizar o diploma que instituiu a prescrição de medicamentos por substância ativa ou denominação comum internacional.
A indústria farmacêutica já considerou a medida “tremendamente absurda”. Para a indústria, a medida é “totalmente demagógica e, certamente, ditada por motivos eleitoralistas”.
“É um claro ataque à atividade das empresas da indústria farmacêutica em Portugal, onerando-as com custos desnecessários e prejudicando a sua eficiência”, afirma a Associação da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), em comunicado.
A indústria sempre se manifestou contra a reposição do preço nas embalagens dos medicamentos comparticipados sujeitos a receita, por considerar que a operação de colocar os preços é um “pesadelo logístico”.