A Câmara de Matosinhos vai criar em meados de 2011 um Gabinete de Mediação de Conflitos entre Vizinhos, uma iniciativa pioneira em Portugal que vai contar com o trabalho de voluntários para regular e evitar conflitos locais, à semelhança do que já ac
A Câmara de Matosinhos vai criar em meados de 2011 um Gabinete de Mediação de Conflitos entre Vizinhos, uma iniciativa pioneira em Portugal que vai contar com o trabalho de voluntários para regular e evitar conflitos locais, à semelhança do que já acontece noutros países. O presidente da autarquia, Guilherme Pinto [na foto], explicou à imprensa que teve oportunidade de ver como estes gabinetes funcionam noutros países, enquanto presidente do Fórum Europeu para a Segurança Urbana, e afirma que se trata de uma ferramenta eficaz para regular e evitar conflitos em bairros e quarteirões.
Guilherme Pinto sublinha que a autarquia optou pelo regime voluntário e não profissional, pelo que a capacidade de resposta do gabinete vai depender do número de pessoas que se ofereçam para prestar este serviço.
Para o projeto arrancar é necessário que a Autarquia consiga reunir, “200 pessoas, das mais diversas áreas sociais, que tenham vocação para serem mediadores”, disse sexta-feira, ao Jornal de Notícias, o presidente da Câmara, no dia em que foi feito um balanço do voluntariado no concelho.
“A mediação e o seu desenvolvimento é um dos principais desafios para o futuro. A mediação entre vizinhos, já praticada em vários países europeus, é um das ferramentas mais eficazes para regular e evitar conflitos a nível local”, frisou Guilherme Pinto, confiante que a iniciativa, pioneira em Portugal, “será um sucesso”.
Ao gabinete de medição poderá dirigir-se o morador de um qualquer bairro social do concelho, mas também outros cidadãos que precisem de um mediador para lhe resolver um problema com determinado vizinho.
“Esperemos conseguir encontrar voluntários cuja única característica essencial é ajudar na mediação. Entre o conflito de dois vizinhos, o voluntário será uma terceira pessoa que tem como função ser imparcial, exercendo a função de forma vigiada”, sublinhou o presidente da Câmara.
O autarca salienta que o gabinete vai precisar mais do que advogados. “Queremos gente que tenha vontade de participar na sua comunidade”, reiterou o autarca, adiantando “que todos os voluntários passarão por uma formação”, disse ao JN.
Guilherme Pinto acredita que com a criação deste gabinete vai ser possível “estabelecer laços de confiança entre as pessoas”.
[Notícia sugerida pelas utilizadoras Patrícia Guedes e Raquel Baêta]