Um grupo de investigadores norte-americanos descobriu evidências da existência de um antigo lago na cratera McLaughlin, em Marte, que terá sido, no passado, alimentado por águas subterrâneas.
Um grupo de investigadores norte-americanos descobriu evidências da existência de um antigo lago na cratera McLaughlin, em Marte, que terá sido, no passado, alimentado por águas subterrâneas. Os novos dados vêm dar mais força à teoria de que o planeta vermelho pode já ter tido vida, informou a NASA este domingo.
De acordo com a agência espacial norte-americana, as informações recolhidas pelo espectómetro Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) revelam vestígios de carbonato e minerais de argila, geralmente formados em consequência da presença de água ou do contacto com a mesma, na parte inferior daquela cratera, a 2,2 quilómetros de profundidade.
“Estas novas observações sugerem a formação de carbonatos e argila num lago alimentado por águas subterrâneas na bacia fechada da cratera”, explica, em comunicado, Joseph Michalski, autor do artigo publicado na revista científica Nature Geoscience que dá conta desta descoberta.
Segundo os especialistas envolvidos na investigação, “a cratera carece de canais de grande afluência, pelo que o lago era provavelmente alimentado por águas subterrâneas”. Assim, “na zona subterrânea poderá ter havido ambientes húmidos” que são potenciais habitats e que, consequentemente, poderão ter albergado vida.
Para Rich Zurek, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, que é o coordenador do projeto Mars Reconnaissance Orbiter, “este e outros novos relatórios continuam a revelar um planeta Marte mais complexo do que se imaginava e com áreas em que há mais probabilidade de existência de vida”.
A sonda MRO e os seus seis instrumentos começaram a explorar o planeta vermelho em 2005 e, desde então, têm fornecido mais dados em alta resolução sobre Marte do que quaisquer outros equipamentos espaciais até ao momento.
Os dados recolhidos são sempre disponibilizados aos cientistas a nível internacional para que estes possam analisá-los e dar a conhecer as suas conclusões.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês) publicado na Nature Geoscience.