Andreia Jotta, diretora do IIF, revela à agência Lusa que do total de marcas (521) a operar em franchising em Portugal, mais de metade, ou seja, 55%, são portuguesas e a internacionalização é uma das suas principais apostas.
“O surgimento de novas marcas portuguesas tem a ver com a maturidade que o franchising alcançou no mercado português. Atualmente, houve uma inversão da situação verificada há 10 anos atrás – em que as marcas líderes de mercado eram dos EUA, Espanha, Inglaterra – e 55% das marcas que estão cá são “made in Portugal”, o que demonstra o interesse cada vez maior dos empresários nacionais por esta forma de crescimento empresarial”, disse a responsável.
Cerca de 23% das marcas franchisadas portuguesas “já operam fora de Portugal”, e, em alguns casos, o volume de negócios “da rede de lojas internacionais chega a representar metade da faturação total da marca, o que demonstra bem o peso” da internacionalização no negócio.
Espanha continua a ser um dos destinos preferenciais de expansão das marcas portuguesas, mas outros países têm vindo a ganhar as preferências dos gestores portugueses, nomeadamente no território dos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
Este aumento foi também potenciado pelo facto de, num cenário de crise, as empresas tenham reduzido os preços do investimento pelo uso dos direitos das marcas de franchising para poderem continuar a captar franchisados, salientou Andreia Jotta à Lusa.