Ambiente

Mar do norte: bacalhau livre de extinção

Depois de décadas de pesca desenfreada, que colocaram o bacalhau do mar do Norte na lista de espécies em perigo de extinção, a organização ambiental World Wide Fund anunciou, esta semana, que o stock do peixe preferido dos portugueses aumentou 52 por
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Depois de décadas de pesca desenfreada, que colocaram o bacalhau do mar do Norte na lista de espécies em perigo de extinção, a organização ambiental World Wide Fund anunciou, esta semana, que o stock do peixe preferido dos portugueses aumentou 52 por cento, no Atlântico.

Em 2004, o World Wildlife Fund (WWF, Fundo Mundial para a Vida Selvagem, em português) alertava para o perigo de, em 15 anos, o bacalhau do mar do norte estar extinto. Esta semana, seis anos depois, o WWF anuncia que, pela primeira vez numa década, esta espécie está a ser pescado de forma sustentável no mar do Norte, graças às restrições na sua pesca, revela o jornal britânico The Independent.

As quotas de pesca mais reduzidas e as medidas empreendidas pelos próprios pescadores resultaram: o número de espécimes adultos de bacalhau (com capacidade de reprodução) subiu de 37400 toneladas, em 2004, para 54 250 toneladas, este ano, representando um aumento de 52 por cento.

Para os consumidores de bacalhau portugueses, esta alteração terá poucos resultados práticos, uma vez que quase 100 por cento do bacalhau consumido no nosso país é originário do mar da Noruega, no Nordeste atlântico. Mas é uma excelente em termos de preservação ambiental.

Mesmo assim, é preciso continuar a respeitar medidas protecionistas, para manter o crescimento daquela espécie. O Conselho Internacional para a Exploração dos Mares, que aconselha a União Europeia, estima que o número necessário para a recuperação é entre 70 mil e 150 mil toneladas. Em 1970, havia no mar do Norte 250 mil toneladas de bacalhau adulto.

O sucesso da proteção desta espécie no mar do Norte resulta de medidas que foram aplicadas pelos ministros das Pescas europeus, que cortaram as quotas anuais de forma sucessiva (causando o aumento do preço do bacalhau).

Mas é também resultado do esforço empreendido pelos pescadores escoceses que tomaram as suas próprias medidas: permitiram câmaras de monitorização nos barcos, aumentaram a malha da rede para prevenir a captura de juvenis e permitiram a introdução de um método que permite que o bacalhau escape quando estão a pescar outros peixes.

Apesar desta recuperação, o bacalhau do Atlântico continua na lista de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza.

[Notícia sugerida pela utilizadora Maria Oliveira]

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