A Câmara de Manteigas inaugura na segunda-feira um Centro Interpretativo do Vale Glaciar do Zêzere que faz uma forte aposta nas novas tecnologias.
Viajar até à Idade do Gelo, consultar quadros interativos sobre a fauna e a flora ou ainda mapas com percursos pedestres são alguns dos serviços do Centro Interpretativo do Vale Glaciar do Zêzere que inaugura esta segunda-feira, em Manteigas.
O novo centro, que faz uma forte aposta nas novas tecnologias, tem como principal atração um simulador que leva o visitante a recuar milhares de anos numa viagem virtual em balão de ar quente durante a qual se assiste ao desenvolvimento daquele vale glaciar .
Em forma de U, o maior vale glaciar da Europa, com 13 quilómetros de extensão, está integrado no Parque Natural da Serra da Estrela e na Rede Natura 2000.
Esmeraldo Carvalhinho, autarca de Manteigas, explicou à Lusa que, durante a viagem virtual de balão, será possível observar “uma ilustração com as diferentes épocas de glaciação, bem como a deslocação dos três glaciares que transformaram o vale naquilo que hoje se pode observar”.
O complexo, que será uma espécie de “porta de entrada” para o Vale Glaciar do Zêzere, está instalado numa antiga Casa do Guarda, junto do Viveiro das Trutas, no início do acesso ao vale, a partir de Manteigas, que foi reconstruída pela Câmara Municipal e adaptada às novas funções.
Quadros e mapas interativos
O Centro Interpretativo do Vale Glaciar do Zêzere também dispõe de vários quadros interativos com imagens sobre a fauna e flora locais, apresenta duas “janelas” sobre o passado e o presente de Manteigas e um mapa interativo com 16 percursos pedestres que os visitantes podem descobrir e percorrer.
A autarquia de Manteigas pretende fazer parcerias com as escolas da região e de todo o país, para que os alunos também possam visitar o novo equipamento que custou 400 mil euros.
O autarca assinala que a obra foi suportada, na totalidade, por fundos comunitários e por verbas do Turismo de Portugal, ficando “a custo zero para a Câmara Municipal de Manteigas”.