A mais recente curta-metragem de Manoel de Oliveira, "O Velho do Restelo", estreia, esta quinta-feira, nas salas portuguesas. De acordo com o cineasta, que, amanhã (11), comemora 106 anos de vida, a obra é "uma reflexão acerca da humanidade".
A mais recente curta-metragem de Manoel de Oliveira, “O Velho do Restelo”, estreia, esta quinta-feira, nas salas portuguesas. De acordo com o cineasta, que, amanhã (11), comemora 106 anos de vida, a obra é “uma reflexão acerca da humanidade”.
A estreia do filme em território nacional vai acontecer em Lisboa e no Porto – na capital, terá lugar no Cinema Ideal e, na Invicta, vai ser apresentada ao público pela primeira vez no âmbito do festival Porto/Post/Doc.
Luís Urbano, da produtora “O Som e a Fúria”, responsável pela 'curta' e atual produtor de Manoel de Oliveira, disse à Lusa que a película vai estar acompanhada de “Os Painéis de São Vicente”, de 2010, “um dos filmes mais interessantes” que Manoel de Oliveira “fez nesta fase da carreira”.
Além disso, estará também em exibição o documentário “Douro, Faina Fluvial”, de 1931, e de “O Pintor e a Cidade”, de 1956, que contrapõe a visão do Porto do realizador com a do pintor António Cruz, acrescentou Luís Urbano.
De acordo com o produtor, a receção a “O Velho do Restelo” no circuito de festivais foi “entusiástica” e têm havido conversas sobre futuros projetos, dependentes “da disponibilidade física” e da saúde de Manoel de Oliveira. Porém, garantiu, com o realizador português, “tudo é possível”.
A curta-metragem é descrita pela produtora como “um mergulho livre e sem esperança na História”, reunindo, num banco do século XXI, “Dom Quixote, o poeta Luís Vaz de Camões e os escritores Teixeira de Pascoaes e Camilo Castelo Branco”, a partir, precisamente, de um texto de Pascoaes.