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Mali: Mulheres unem-se para formar populações

A COFESFA - Associação de mulheres para a educação, saúde familiar e sanidade pública nasceu há 21 anos, no Mali, fundada por 16 mulheres licenciadas, de classes altas, que começaram por recolher o lixo nos bairros mais pobres do país. No entanto, a
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[Foto: © Robin Elaine]

A COFESFA – Associação de mulheres para a educação, saúde familiar e sanidade pública nasceu há 21 anos, no Mali, fundada por 16 mulheres licenciadas, de classes altas, que começaram por recolher o lixo nos bairros mais pobres do país. No entanto, a COFESFA tem hoje um papel essencial na formação das mulheres e no desenvolvimento do país.

A recolha do lixo em bairros e aldeias pobres daquele território africano é uma atividade que continua nos dias de hoje. Contudo, para obter receitas que financiassem a associação e ajudassem mulheres com dificuldades, as fundadoras da COFESFA passaram também a promover a vender caixotes de lixo fechados.

“A ideia de COFESFA foi primeiro pegar no lixo e depois sensibilizar para uma mudança do comportamento tendo a comunidade por base, ou seja, mulheres que ao contrário de nós, não tiveram hipóteses de ir à escola. Devemos fazer uma sensibilização para um despertar de consciência e uma mudança de comportamento”, explica Kadi Sanogo, uma das fundadoras, à Euronews.

A COFESFA é também responsável pela divulgação de informações por todos os habitantes sobre diversos temas: planeamento familiar, higiene, SIDA ou prevenção do paludismo.

Graças às formações da associação, muitas mulheres aprendem, finalmente, a ler e escrever, num país onde cerca de 70% da população é analfabeta. Awa Djakité foi uma das mulheres escolhidas pela aldeia de Kirina Somono para seguir uma das formações da COFESFA. No final, juntou-se a outras moradoras para fundar a sua própria associação.

Ao formarem as suas organizações, as mulheres beneficiam de um fundo de manieo ou de um micro crédito, concedido pela COFESFA. Em Kirina Somono, foi pedido um empréstimo de cerca de 2.300 euros para construir um moinho.

“O dinheiro gerado pelos grãos moidos vai para a caixa da associação. Este dinheiro serve para financiar outras atividades ou contribuir para a escolarização das crianças da nossa aldeia”, explica Kadi Sanogo.

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