Ainda que o som da banda remeta para a explosão psicadélica dos anos 60, osKing Gizzard & The Lizard Wizard conseguem expandir essa sonoridade a uma experimentação também rock e o resultado, apesar de sempre imprevisível, é também sempre certeiro.
Farta de ouvir dizer às novas bandas o que devem ou não fazer, e empenhada em lutar contra esse estigma fazendo tudo o que lhe apetece, a banda surgiu em 2011 e começou desde logo a ficar conhecida pela prolífica discografia. Em seis anos, são 13 os álbuns lançados. O primeiro, “12 Bar Bruise”, de 2012, viu o seu sucessor surgir apenas cinco meses depois. Seguiram-se dois novos trabalhos em 2013 e, a trabalhar depressa, mais dois em 2015. No ano seguinte houve tempo para “Nonagon Infinity”, considerado pela banda o “primeiro álbum em loop do mundo” já que cada uma das faixas foi gravada para que iniciasse a seguinte. Depois do lançamento, o grupo teve tempo para estrondosas apresentações ao vivo e ainda para gravar os cinco álbuns lançados em 2017.
Mas não só de gravações vive a energia dos King Gizzard & The Lizard Wizard. As actuações poderosas fazem de cada concerto uma experiência irrepetível. É fácil ceder à excentricidade destes sete australianos como uma paixão muito peculiar pela música. Uma descarga de energia contagiante vinda directamente daqueles que são o expoente máximo do psicadelismo actual para ver, e sentir, na 26.ª edição do Vodafone Paredes de Coura.