Mais de 800 voluntários, de 24 freguesias de Lisboa, fizeram questão de juntar-se e participar na contagem dos sem-abrigo na capital, naquela que foi uma iniciativa de mapeamento inédita promovida pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e qu
Mais de 800 voluntários, de 24 freguesias de Lisboa, fizeram questão de juntar-se e participar na contagem dos sem-abrigo na capital, naquela que foi uma iniciativa de mapeamento inédita promovida pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e que decorreu durante a noite de quinta-feira.
Agora, “os mais de 800 voluntários envolvidos vão ser distribuídos pelas 24 freguesias de Lisboa e divididos em 122 equipas que percorrerão todas as ruas da cidade”, avança João Marrana, coordenador do programa Inter-Gerações da SCML. “Mesmo sabendo que há zonas onde não vamos encontrar nenhuma pessoa a viver na rua, é nossa obrigação percorrer as sete mil ruas da cidade para sabermos o número exato de sem-abrigo”.
A missão arrancou às 21h30 desta quinta-feira e é vista como mais um passo do processo iniciado em Março deste ano, que visa a realização de um estudo de caracterização e contabilização da população sem-abrigo da capital.
“Esta contagem final vai-nos permitir consolidar os dados que obtivemos ao longo destes meses e que ainda estão em estudo”, afirma o responsável. “Neste momento não sabemos exatamente qual é esse número, mas é fundamental tê-lo para melhor definir as políticas e mais eficazmente as concretizarmos”.
Assim que os números forem conhecidos, começa uma nova etapa cujo objetivo é bastante claro: “tentar perceber como é que uma instituição com a tradição e a responsabilidade que tem a Santa Casa da Misericórdia pode, de facto, definir cada vez melhor a sua política de intervenção e ajudar efetivamente as pessoas a encontrarem o seu caminho e o seu futuro”.
O coordenador alerta ainda para a possibilidade de “ajudar sem dar bens matérias”. Segundo o mesmo, “às vezes, um sorriso ou uma palavra simpática é tão ou mais importante do que aquilo que se dá”.