Ter um grupo amplo de amigos com quem se mantém contacto regular na meia-idade apresenta grandes benefícios para a saúde de homens e mulheres. A conclusão é de um estudo britânico publicado no Journal of Epidemiology and Community Health.
Ter um grupo amplo de amigos com quem se mantém contacto regular na meia idade apresenta grandes benefícios para a saúde de homens e mulheres. A conclusão é de um estudo britânico publicado no Journal of Epidemiology and Community Health, que mostrou que, para o sexo masculino, uma boa rede familiar é ainda mais importante que as amizades a partir dos 50 anos.
O estudo em causa baseou-se em informações recolhidas acerca de voluntários nascidos em 1958 e que participaram no National Child Development Study (NCDS) do Reino Unido, um estudo longitudinal sobre pessoas que vieram ao mundo na mesma semana daquele ano, tendo sido convidados a responder a questões relacionadas com este tema aos 42, 45 e 50 anos.
De acordo com o portal Medical Xpress, os investigadores examinaram os diferentes questionários, que incluíam perguntas sobre o bem-estar psicológico, a idade em que abandonaram os estudos e as amizades, nomeadamente o número de vezes que se encontram com amigos por mês.
Cerca de 40% dos homens inquiridos e perto de um terço das mulheres envolvidas no estudo afirmaram ter mais de seis amigos que viam regularmente, tendo as conclusões mostrado que estas pessoas eram mais felizes do que os voluntários com um círculo de amizades mais reduzido.
Além disso, a manutenção destas relações e o investimento nas mesmas provou ser um elemento-chave para o bem-estar. “Ter menos de cinco amigos aos 45 anos resultou em níveis mais pobres de bem-estar psicológico aos 50”, realçaram os investigadores do University College London, coordenados por Noriko Cable.
O estudo revelou ainda que os homens com menores habilitações literárias têm maiores probabilidades de ter uma ampla rede de relações sociais: aqueles que abandonaram os estudos com idades entre os 17 e os 19 anos evidenciaram 55% mais probabilidades de ter um grande círculo de amigos, ao passo que, no caso dos que continuaram a estudar depois dos 20 anos, a probabilidade caiu para os 40%.
Este resultado pode estar associado ao facto de maiores habilitações literárias terem, normalmente, como consequência, um melhor emprego e um salário superior – ideia sustentada por um outro estudo da Universidade de Princeton que mostrou que os homens que ganham mais dedicam menos tempo a lazer e passatempos.
Não é a primeira vez que os cientistas demonstram a importância de ter uma boa rede de relações na meia idade. Em 2010, outros investigadores tinham já concluído que a amizade tem um impacto tão grande como o hábito de fumar ou beber, a obesidade e a realização (ou não) de exercício físico no risco de morte precoce.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).