Para incentivar esta participação realiza-se hoje em Lisboa um encontro, promovido pela FCT, que juntará elementos do Observatório Europeu do SUL (ESO) e responsáveis da indústria e de institutos de investigação e desenvolvimento portugueses.
Em declarações à Lusa, Emir Sirage explicou que o objetivo é estimular a indústria portuguesa a fazer parte da “construção e manutenção das infraestruturas dos telescópios do ESO, tendo em vista, nomeadamente, projetos futuros como a construção do maior telescópio ótico/infravermelho do mundo”.
O que se pretende é que as empresas portuguesas se candidatem aos vários processos de construção deste telescópio sendo, para tal, pagas através do orçamento do ESO. Assim, será possível dar a conhecer a indústria nacional e mostrar que esta tem capacidade de fornecer os serviços necessários.
“Não queremos que Portugal fique fora desta corrida”, admitiu Sirage, acrescentando que estão previstas 50 participações lusas: 30 empresas e 20 unidades e investigação.
O maior telescópio do mundo
O telescópio em questão é o E-ELT: European Extremely Large Telescope, um aparelho de grandes dimensões projetado para a nova geração de telescópios do Observatório Europeu do Sul que irá permitir observar o universo com ainda mais detalhe do que o Telescópio Espacial Hubble.
Prevê-se que seja capaz de detetar planetas semelhantes à Terra e de fornecer imagens de planetas com características como as de Júpiter. Além disso, possibilitará medir de forma direta a aceleração da expansão do Universo.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta e Patrícia Guedes]