Ambiente

Maior floresta vertical do mundo nasce em Milão

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Milão vai ter a maior floresta vertical do mundo. No centro da cidade italiana estão a ser construídos dois arranha-céus, cobertos de árvores, cujo interior será dividido em apartamentos. As duas torres terão um sistema que otimiza, recupera e produz energia, ao mesmo tempo que filtra a poluição do ar.

O projeto já se encontra em fase de construção e é da autoria do arquiteto Stefano Boeri. No bairro de Isola estão a ser erguidas duas torres de 110 e 76 metros cada uma, no espaço que até agora era ocupado por cerca de 60 quintas abandonadas. O projeto intitulado Bosco Verticale tem por objetivo fazer frente ao crescimento urbano e à ausência da natureza na cidade.

“É um projeto de reflorestação metropolitana que contribui para a regeneração do ambiente e biodiversidade urbana sem a implicação de expandir a cidade sobre o território”, explica o projetista no seu site.

Até agora foram vários os projetos deste género que foram realizados, mas este será o maior a sair do papel. A floresta vertical no centro de Milão vai obedecer às políticas de reflorestação e naturalização dos limites metropolitanos. Este é visto como um passo para a sobrevivência ambiental das cidades europeias contemporâneas.

Ao longo dos edifícios vão existir 900 árvores, juntamente com outros tipos de vegetação e plantas, que vão ajudar à criação de um microclima e a filtrar as partículas contaminadas do ar. “A diversidade de plantas e as suas características produzem humidade, absorvem CO2 e as partículas sujas, produzindo, assim, oxigénio e protegendo da radiação e da poluição acústica, promovendo a melhoria da qualidade de vida e o armazenamento de energia”, explica Stefano Boeri.

Vão ainda estar espalhados pelas torres painéis fotovoltaicos para aumentar o grau de autossuficiência energética. Cada apartamento vai ter uma varanda onde estão plantadas três árvores que no Verão vão dar sombra e filtrar a poluição da cidade, e no Inverno, como estarão despidas, vão ajudar a luz do sol a entrar nas casas. “A irrigação das plantas será feita com o reaproveitamento da água cinzenta produzida pelo edifício”, explica o arquiteto.

O projeto foi aprovado em 2007 com um orçamento de 65 milhões de euros.

No site de Stefano Boeri podem ver-se fotografias do projeto final e do avanço das obras. Para ver o atual aspeto da obra, clique aqui.

[Notícia sugerida por Teresa Teixeira e Vitor Fernandes] 

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