Seguindo o exemplo do que se tem passado noutros municípios, a Câmara da Maia está a criar um "banco de terras", projeto cujo objetivo é disponibilizar terrenos abandonados do concelho a pessoas interessadas em apostar na agricultura.
Seguindo o exemplo do que se tem passado noutros municípios, a Câmara da Maia está a criar um “banco de terras”, projeto cujo objetivo é disponibilizar terrenos abandonados do concelho a pessoas interessadas em apostar na agricultura. O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo presidente Bragança Fernandes.
Em declarações à Lusa, o autarca informou que o projeto “Banco de Terras da Maia” já arrancou e “é para implementar até ao fim do ano”. Segundo o responsável, a ideia de o lançar surgiu devido aos muitos pedidos que têm sido recebidos.
Muitos são os munícipes que têm manifestado o desejo de obter um talhão para cultivar uma horta pedagógica no âmbito do projeto “Horta à Porta” já promovido pela Câmara e dinamizado pela Lipor – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, pelo que a autarquia optou por alargar a oferta.
“A procura é tanta, dada a crise social que estamos a atravessar, pela qual todos os governos são responsáveis por não apostarem na agricultura, que decidimos avançar com este projeto”, explicou o edil.
Bragança Fernandes referiu que existem no concelho muitos terrenos vazios, abandonados, que podem ser aproveitados para a agricultura e, neste projeto, a Câmara será sempre “um mediador entre o proprietário e o feitor”.
“Em vez de notificar os proprietários dos terrenos de que têm de fazer a limpeza dos mesmos, a Câmara pretende propor-lhes que os disponibilizem a outros que ali pretendem criar uma horta”, sublinhou, acrescentando que o desejo é o de que a cedência dos terrenos seja gratuita ou “o mais barata possível”.
“Queremos ser os mediadores entre os proprietários dos terrenos abandonados e alguém que os queira alugar para os rentabilizar para uso pessoal ou para vender o excedente da sua cultura”, concluiu o presidente.
A Câmara está agora a fazer um levantamento dos proprietários de terrenos passíveis de ser incluídos no banco. O projeto surge em paralelo com o “Horta à Porta” que, segundo a autarquia, deverá “crescer para o dobro” e que, atualmente, disponibiliza cerca de 500 talhões de terra à população.