Sociedade

Mães portuguesas são as que recebem mais gratidão

Quando se trata de gratidão, as mães portuguesas são as que recebem mais sinais de agradecimento, em comparação com outros 13 países europeus, revela um estudo, divulgado esta semana, que envolveu 10 mil mulheres europeias.
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Quando se trata de gratidão, as mães portuguesas são as que recebem mais sinais de agradecimento, em comparação com outros 13 países europeus, revela um estudo, divulgado esta semana, que envolveu 10 mil mulheres europeias.

A gratidão por parte dos filhos foi um dos aspetos da maternidade contemporânea abordado no estudo “The Changing Face of Motherhood”, realizado, em Novembro de 2011, pelo Social Issues Research Center (SIRC) junto de 10 mil mulheres com filhos em 13 países da Europa Ocidental, tendo sido  inquiridas 509 mães portuguesas.
 
Segundo o estudo, cujos resultados foram enviados ao Boas Notícias, as mães portuguesas recebem sinais de agradecimento pelo menos uma vez em cada 7.5 dias: uma regularidade muito superior em relação aos outros países analisados. As mães finlandesas, por exemplo, evidenciam um grande contraste, revelando receber sinais de agradecimento apenas a cada 23 dias. A média europeia fica pelos 15 dias.

Muitas das mães portuguesas são reconhecidas várias vezes ao dia: 37% recebem gratidão diariamente e 12% recebem sinais de agradecimento mais do que uma vez por dia.

Quando se interrogou sobre a forma como preferem ser agradecidas, as mães portuguesas escolhem o “abraço” como a melhor forma de agradecimento, com a grande maioria (71%) a concordar. Sobre outras formas de agradecimento, 13% escolheu a palavra “obrigado”.

Ainda em relação a Portugal, apenas 3% das mães querem “férias ou um intervalo” de tomar conta dos seus filhos como bónus pelo papel que desempenham na família. Igual percentagem considera que ter “mais tempo livre para si” seria uma forma de agradecimento.

Mães portuguesas têm menos tempo para si

Esta perspetiva revela-se mais interessante, sobretudo tendo em conta que as mães portuguesas, dentro do universo estudado, são as que têm menos tempo para si próprias. 

Segundo o estudo, as mães europeias atuais têm, em média, perto de 48 minutos de tempo livre diários (isto é, sem obrigações relacionadas com trabalho remunerado, ter de cuidar dos filhos ou cumprir tarefas domésticas). Este tempo livre é, de acordo com os dados, mais limitado nos países que têm enfrentado problemas económicos mais acentuados.
 
Neste sentido, as mães portuguesas são as que revelam menos tempo para si próprias, apenas com 29 minutos livres, seguindo-se as mães de origem espanhola e grega, com 39 minutos, e as italianas com 41 minutos.

Pelo contrário, as mães de origem finlandesa demonstraram ser as que têm mais tempo disponível, cerca de 69 minutos diários para cuidarem de si.

Pais mais envolvidos

Outro fenómeno abordado no estudo, foi o papel do pai dos dias modernos. Os pais parecem, segundo o estudo, estar agora muito mais envolvidos na educação diária dos filhos bem como nas lides domésticas.

Cerca de 69% das mães que trabalham fora de casa consideram que o papel do homem tem vindo a alterar-se, desde a geração anterior. 

A maior parte das mães inquiridas (67%) citaram “mudanças nos papéis de género na sociedade” como a principal razão para esta transformação, enquanto 21% sente que os pais têm agora de estar mais envolvidos à medida que as mães ganham maior relevância na economia doméstica.

Sobre o estudo

O estudo “Changing Face of Motherhood” foi desenvolvido pelo Social Issues Research Center (SIRC, Reino Unido) em nome da multinacional P&G, em Novembro de 2011. 

Clique AQUI para aceder ao relatório completo.

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