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As mães trabalhadoras são mais saudáveis e felizes do que aquelas que ficam em casa com os filhos sem desenvolver uma atividade profissional. Um estudo divulgado em Dezembro no Journal of Family Psychology mostra que as mães que trabalham evidenciam menos sinais de depressão e uma melhor saúde a nível global, embora o resultado se restrinja aos primeiros anos de vida das crianças.
Os investigadores norte-americanos fizeram entrevistas ao longo de uma década com mais de mil mães de vários estados dos EUA, acompanhando o crescimento dos filhos e estudando-o em simultâneo com a própria evolução das mulheres.
Os resultados demonstraram que as mães que não trabalham fora de casa tendem a sentir-se mais isoladas socialmente, o que pode aumentar as suas hipóteses de sofrer de depressões.
Pelo contrário, as mães empregadas têm oportunidade de, ao longo do dia, libertar-se do stress doméstico e de contactar com pessoas diferentes, o que beneficia o seu estado de saúde.
A coordenadora do estudo, Cheryl Buehler, da Universidade de North Carolina, explicou em comunicado que “em todos os casos em que se observavam diferenças no bem-estar maternal, como por exemplo em termos de conflito entre trabalho e família e na educação dos filhos, a comparação beneficiou as mulheres que trabalham a tempo parcial em detrimento das que trabalham a tempo inteiro ou que não têm atividade profissional”.
Além disso, o estudo revelou que o facto das mulheres trabalharem não tem qualquer impacto negativo ao nível da intimidade dos casais, sendo que a compreensão emocional entre parceiros mostrou ser idêntica em todas as envolvidas.
Os investigadores pretendem agora alargar a pesquisa, adicionando-lhe outros elementos importantes como o estatuto profissional, a flexibilidade de horários e o compromisso para com o trabalho.