Um grupo de cientistas escoceses desenvolveu um maço de cigarros que "fala", alertando os fumadores para os riscos do tabaco para a saúde. Os investigadores falam mesmo numa maior eficiência no combate ao vício.
Um grupo de cientistas escoceses desenvolveu um maço de cigarros que “fala”, alertando os fumadores para os riscos do tabaco para a saúde. Os investigadores afirmam que este método traz uma maior eficiência no combate ao vício.
Segundo uma apresentação do projeto enviada ao Boas Notícias, assim que são abertos, estes maços falantes transmitem mensagens áudio, alertando os fumadores para os riscos do fumo para a saúde. É também divulgado o número de telefone de uma linha que dá apoio àqueles que procuram ajuda para deixar de fumar.
O mesmo documento elaborado pelos investigadores da Universidade de Stirling, na Escócia, indica que estes maços têm uma maior eficácia nos testes realizados em mulheres com idades entre os 16 e os 64 anos. Aquelas que fumavam cigarros dos maços falantes, tiveram mais facilidade em deixar o vício do tabaco de forma definitiva.
Em declarações à BBC, Sheila Duffy, chefe-executiva da fundação antitabaco Action on Smoking and Health Scotland, disse que a ideia é inovadora e benéfica para os fumadores ativos. “É uma sugestão muito bem-vinda, que nos permite recorrer a formas criativas para alertar e ajudar as pessoas a perder o vício”, diz a responsável.
Duffy alerta, contudo, para a necessidade de “uma investigação mais apurada, por forma a perceber ao certo o verdadeiro impacto das novas embalagens em pessoas de todas as idades”.
Já a líder do departamento de Investigação em Oncologia do Reino Unido, Alison Cox, refere que esta entidade contribuiu para o financiamento desta investigação, levada a cabo na Universidade de Stirling, na Escócia, com o objetivo de ver “se as típicas armas do marketing usadas pela indústria do tabaco podem ser usadas para ajudar os fumadores a deixar de fumar, em vez de para vender marcas de cigarros”.
A investigação passou, agora, a uma segunda fase, onde estão a ser feitos testes em maior escala, com homens e mulheres com mais de 16 anos.
Notícia sugerida por Maria Pandina