Allen contou que o livro foi enviado por um brasileiro desconhecido e que só o leu porque não era muito grande: “Chegou pelo correio um dia. Algum desconhecido no Brasil enviou-mo e escreveu: Você vai gostar disso. Como o livro era pequeno, eu li. Se ele fosse grosso, teria o descartado”.
“Fiquei espanatado com o facto do livro ser tão charmoso e interessante”, afirmou. O realizador disse ainda que não acreditava que o autor fosse do século XIX. “Pensar-se-ia que ele escreveu o livro ontem. É tão moderno e interessante”, salientou.
“Chamou-me a atenção da mesma forma que ´O Apanhador no Campo de Centeio`. Era um assunto que eu gostava e era tratado de forma bem-humorada, cheio de originalidade e sem sentimentalismo”, acrescenta Woody Allen.
Machado de Assis (1839-1908) foi um escritor brasileiro que continua a ser considerado como o maior nome da literatura do Brasil. Escreveu em praticamente todos os géneros literários e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais da sua época.
Os outros livros referidos por Woody Allen são “O Apanhador no Campo de Centeio”, de J.D. Salinger, “Elia Kazan: A Biography”, de Richard Schickel, “The World of SJ Perelman” e “Really the Blues”, de Mezz Mezzrow e Bernard Wolfe.
Woody Allen exibe o seu mais recente filme, “Meia-Noite em Paris”, na abertura do Festival de Cannes, na próxima quarta-feira. Em breve, o realizador novaiorquino deverá começar a rodar mais uma longa-metragem na qual irão participar Penélope Cruz, Alec Baldwin, Jesse Eisenberg e Ellen Page.
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