Foi redescoberta uma espécie de macaco que se julgava estar extinta na floresta de Wehea, na Indonésia, durante uma investigação que começou o ano passado.
Foi redescoberta uma espécie de macaco que se julgava estar extinta na floresta de Wehea, na Indonésia, durante uma investigação que começou o ano passado.
O achado é da responsabilidade de uma equipa de cientistas que, desde Junho, se encontrava a trabalhar nas densas selvas indonésias, onde foi instalado um conjunto de câmaras para captar imagens de leopardos, orangotangos e outros animais selvagens.
Esta semana, o grupo foi surpreendido por imagens de macacos que nunca nenhum dos especialistas tinha visto, de pêlo cinzento e grande tamanho, escreve o jornal The Guardian.
Sem fotografias verdadeiras de outros animais da mesma espécie e recorrendo apenas a esboços de museus que os retratavam – as únicas imagens disponíveis – a equipa acabou por confirmar a suspeita de que se tratava de um macaco conhecido por Miller's Grizzled Lagur que se acreditava estar extinto.
“Ficámos extasiados com o facto de estes animais, afinal, não estarem extintos e de os termos encontrado em Wehea”, admitiu Brent Loken, estudante da Simon Fraser University, no Canadá, e um dos coordenadores da investigação, citado pelo jornal britânico.
“Há tantos animais sobre os quais sabemos muito pouco e os seus habitats estão a desaparecer tão depressa”, acrescentou, alertando para o facto de existir a sensação de que “estes animais poderão, rapidamente, entrar em extinção”.
Há vários anos que os especialistas mostravam preocupação em relação à extinção destes animais, que costumavam deambular por Borneo, pelas ilhas de Sumatra e Java e pela Península Malaia.
As florestas onde os macacos da espécie viviam foram devastadas por grandes incêndios, pela ação humana e pela transformação da terra para fins agrícolas e trabalho nas minas.
Em consequência, um estudo feito em 2005 tinha demonstrado a inexistência de exemplares desta espécie, que agora reapareceu.