A investigação envolveu um grupo de 188 doentes com enxaqueca e um grupo de controlo de 287 pessoas sem enxaqueca, para identificar variantes genéticas que pudessem explicar a maior propensão de certas famílias portuguesas para a enxaqueca, avança a agência Lusa.
Os investigadores encontraram duas variantes associadas a um risco aumentado de enxaqueca no grupo de doentes, nomeadamente o gene STX1A e uma nova variante deste, que até agora não tinha sido associada à enxaqueca.
O STX1A é responsável pela produção da proteína sintaxina 1A, que regula a libertação de neurotransmissores no sistema nervoso central, diretamente associados à enxaqueca.
De acordo com dados divulgados pelo ICBAS em 2009, a enxaqueca atinge 15% da população portuguesa. Os sintomas, que, além da lacinante dor de cabeça, incluem vómitos, náusea e intolerância à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia), aparecem entre os 17 e os 19 anos, na fase mais produtiva de um jovem adulto.