por redação
Luísa Sobral viveu durante 24 horas no Aeroporto de Lisboa para ajudar a angariar fundos para o transporte de crianças com cancro.
Durante a sua estadia no aeroporto, na segunda edição de “24 Horas”, Luísa Sobral compôs “Please Take Me There”, tema que dá voz às centenas de crianças do Myanmar, país também conhecido como Birmânia, que não conseguem fazer tratamentos por falta de capacidade das famílias para garantirem o seu transporte para o hospital.
Rendimentos abaixo dos dois euros por dia e distâncias médias de 12 horas até ao hospital são responsáveis por diagnósticos tardios ou inexistentes que, em conjunto com a falta de especialistas médicos, levam à morte de centenas de crianças com cancro todos os anos.
Promovida pela The Amélia Project Foundation, ONG sediada em Cambridge, Reino Unido, e conhecida internacionalmente como Please Take Me There, a segunda edição do “24 Horas” teve como objetivo angariar fundos para transportar 500 crianças com cancro para o hospital durante um ano.
Estas crianças da Birmânia (Myanmar) vivem em pobreza extrema, com o equivalente a menos de 40 cêntimos por dia, sem cuidados médicos, tratamento ou cuidados paliativos.
O trabalho da The Amélia Project Foundation é realizado em parceria com a ONG World Child Cancer e autorizado pelo governo da prémio Nobel Aung San Suu Kyi. Só nos últimos seis meses, mais de 293 crianças com cancro a viver em pobreza extrema foram ajudadas pela The Amélia Project Foundation.
“Quando a Luísa estava a viver no Aeroporto de Lisboa falámos em detalhe sobre a situação desesperante em que estas crianças vivem. Na manhã seguinte, quando regressei ao Aeroporto, a Luísa apresentou-me o tema que tinha composto durante a noite. As lagrimas vieram-me aos olhos. É uma canção que reflete na perfeição a forma como estas crianças encaram a situação dramática em que vivem, com esperança e muitos sonhos. Desde 2015 que estamos a apoiar os casos mais urgentes, mas precisamos de oferecer apoio continuado às 500 crianças que temos identificadas. Sem ajuda, mais de 90% não receberá tratamento e acabará por morrer sem quaisquer cuidados paliativos”, afirma Fernando Pinho, fundador da The Amélia Project Foundation.
“A Luísa ofereceu-nos o tema e, pela sua relevância e otimismo, vai passar a ser o nosso hino e utilizado nas próximas campanhas. Foi dos gestos mais bonitos que alguma vez testemunhei”, acrescentou.
Pode ouvir e comprar a música para ajudar AQUI