Graças à despoluição do rio Febros, um dos afluentes do rio Douro, as lontras voltam a habitar o local 20 anos depois. A última observação de lontras no estado selvagem em Febros remontava a 14 de abril de 1987 devido à poluição que entretanto se ins
[foto:EPA]Graças à despoluição do rio Febros, um dos afluentes do rio Douro, as lontras voltam a habitar o local 20 anos depois. A última observação de lontras no estado selvagem em Febros remontava a 14 de abril de 1987 devido à poluição que entretanto se instalou no local.
Agora, mais de 20 anos depois já com a água do Febros translúcida são muitos os sinais que, segundo o Parque Biológico, mostram que o objetivo da repovoação de lontras no local já é uma realidade.
Segundo Nuno Oliveira, diretor do parque, “pegadas, marcações em pedras e vestígios de predação” e o facto de ter sido capturado por acidente uma lontra macho perto de um cercado onde existem as quatro lontras de criação em cativeiro, comprovam a repovoação.
Nuno Oliveira explica que a densidade de lontras em meio selvagem é muito baixa, sendo de um macho por entre 10 e 15 quilómetros e uma fêmea a cada seis quilómetros. Assim, “para repovoar o Febros bastam duas ou três lontras”, conclui.
No parque existem dois casais de lontras em cativeiro, que conquistam muita simpatia junto dos visitantes, sendo a mais velha uma fêmea que foi adquirida na Holanda há 12 anos.
Os dois machos, Aquiles e Alimário, são provenientes do Zoomarine, no Algarve, e a outra fêmea foi “encontrada algures na Maia e enviada” para o Parque Biológico de Gaia.